segunda-feira, 23 de agosto de 2010

A descoberta da sexualidade infantil


Existem diversas teorias que explicam o desenvolvimento humano. Uma delas é a teoria da Psicanálise, de Sigmund Freud. Para Freud, a maioria dos pensamentos e desejos reprimidos refere-se a conflitos de ordem sexual, localizados nos primeiros anos de vida dos indivíduos. Ele defende que o desenvolvimento sexual se dá por fases.

Fase oral - a zona de erotização é a boca e o prazer está ligado à ingestão de alimentos e à excitação da mucosa dos lábios e da cavidade bucal. Há uma relação de incorporação ao objeto de desejo.
A criança no ventre da mãe se sente num lugar perfeito, onde está protegida de tudo. Quando o bebê nasce, ele é separado da mãe. Assim a mãe passa a ser um objeto de desejo. O primeiro contato que o bebê tem com a mãe após nascer é através da amamentação e ele tem seu primeiro prazer ao entrar em contato com o leite materno. A boca passa e ser então a primeira zona erógena.

Fase anal - a zona de erotização é o ânus, ligado ao controle dos esfíncteres (anal e uretral). Há uma relação de controle do objeto de desejo.
A criança começa então a perceber que p fato de ela defecar atrai a atenção da mãe, que e seu objeto de desejo. A criança então passa a ter controle das fezes e da urina. O ânus passa e ser então a segunda zona erógena.

Fase fálica - a zona de erotização é o órgão sexual. Apresenta um objeto sexual e alguma convergência dos impulsos sexuais sobre esse objeto.
A criança entra na escola e começa a conviver com outras crianças. Descobre então que algo diferencia meninos e meninas: O “faz xixi”. As meninas passam a achar que seu “faz xixi” foi quebrado e que ele ainda vai crescer; os meninos têm medo de perder o que têm. Os meninos descobrem ainda que o pai possui um “faz xixi”igual ao seu e que o pai possui seu objeto de desejo: a mãe. Assim, o pai passa a ser um exemplo a ser seguido e ao mesmo tempo um rival. É o chamado Complexo de Édipo e é o período em que se desenvolve a identidade da criança. Logo após esse processo vem o período de latência, em que a sexualidade é abafada pela rivalidade. Por isso, nesta fase, menino tem horror a menina e vice-versa.

Fase Genital – a zona de erotização está no corpo do outro.
Ao chegar à adolescência, o objeto de desejo mãe é substituído pelo outro. O individuo desiste de ter a mão cm medo de perder o amor do pai e então passa a procurar o objeto de desejo em outro. Neste momento meninos e meninas estão conscientes de suas identidades sexuais distintas e começam a buscar formas de satisfazer suas necessidades eróticas e interpessoais.

Daqui pra frente nada mais é construído. O individuo apenas externa o que já viveu até hoje.

3 comentários:

  1. que historinha mais legal!
    gostei!
    =D

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  2. Que bom saber que vocês, estudantes do Curso de Ciências da Natureza abordam temas tão importantes da Psicanálise na Educação. Melhor ainda é saber que vocês estão divulgando os conhecimentos aprendidos num blog, onde podem contagiar outros estudantes e educadores. Parabéns pelo estudo e pela iniciativa do professor de vocês. Espero que vocês se encantem cada vez mais pelas contribuições da Psicanálise na Educação, e que façam uso destas em sua prática.

    Vívian T. Crespo
    (Professora, Psicóloga e Especialista em Psicanálise Clínica)

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  3. Uma dica: Vocês podem buscar livros e artigos da autora Maria Cristina Kupfer, que trata a relação entre a sexualidade infantil e sua relação com a aprendizagem. Vale à pena conferir!!!

    Vívian T. Crespo

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