A Teoria do Desenvolvimento Psicossocial foi desenvolvida por Erik Erikson, que propõe uma concepção de desenvolvimento humano em oito estágios psicossociais que se dá ao longo da vida. A proposta dos estágios psicossociais amplia a idéia dos pensadores anteriores, propondo que o desenvolvimento vai além da infância. A cada etapa, o indivíduo cresce a partir das exigências internas de seu ego, mas também das exigências do meio em que vive, sendo, portanto essencial a análise da cultura e da sociedade em que vive o sujeito em questão.
De acordo com Erikson em cada estágio o ego passa por uma crise (que dá nome ao estágio). Esta crise pode ter um desfecho positivo (ritualização) ou negativo (ritualismo). Da solução positiva, da crise, surge um ego mais rico e forte; da solução negativa temos um ego mais fragilizado. E a cada crise, a personalidade vai se reestruturando e se reformulando de acordo com as experiências vividas, enquanto o ego vai se adaptando a seus sucessos e fracassos.
- Confiança X Desconfiança (até um ano de idade): No primeiro ano de vida a criança é substancialmente dependente das pessoas que cuidam dela. Estabelecendo assim a primeira relação social do bebê.
- Autonomia X Vergonha e Dúvida (segundo e terceiro ano): Neste período a criança passa a ter controle de suas necessidades fisiológicas e responder por sua higiene pessoal.
- Iniciativa X Culpa (quarto e quinto ano): Durante este período a criança passa a perceber as diferenças sexuais, os papéis desempenhados por mulheres e homens na sua cultura entendendo de forma diferente o mundo que a cerca.
- Construtividade X Inferioridade (dos 6 aos 11 anos:) Neste período a criança está sendo alfabetizada e freqüentando a escola, o que propicia o convívio com pessoas que não são seus familiares.
- Identidade X Confusão de Papéis (dos 12 aos 18 anos): Neste estágio o adolescente precisará de segurança frente à todas as transformações – físicas e psicológicas – e ele tentará se encaixar em algum papel na sociedade.
- Intimidade X Isolamento (jovem adulto): Nesse momento o interesse, além de profissional, gravita em torno da construção de relações profundas e duradouras.
- Produtividade X Estagnação (meia idade): Pode aparecer uma dedicação à sociedade à sua volta e realização de valiosas contribuições, ou grande preocupação com o conforto físico e material.
- Integridade X Desesperança (velhice): O envelhecimento poderá ocorrer com sentimento de produtividade e valorização do que foi vivido, ou com sentimento de tempo perdido e a impossibilidade de começar de novo.
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
terça-feira, 7 de setembro de 2010
- A carne se faz verbo.
A segunda vertente das teorias psicogenéticas é a Sócio-construtivista, de Vygotsky. Vygotsky vem criticar o conceito de homem utilizado pela psicologia, influenciado por Karl Marx e Friedrich Engels. A teoria sócio-construtivista diverge, em especial, de duas outras teorias: O construtivismo, de Piaget e o Behaviorismo, de John Watson.
A teoria Construtivista defende que o homem nasce com estruturas cognitivas inatas e que estas se maturam ao logo do crescimento da criança de acordo com a interação do sujeito com o meio. Vygotsky não acredita que o ser humano nasça com estruturas mentais inatas, pois o homem não é biologicamente programado, como os animais.
A teoria Behaviorista defende que o homem é moldado pelo meio em que vivo, ou seja, que o homem é um ser passivo. Vygotsky acredita, assim como Piaget, que o homem é um ser ativo.
Como ocorre o desenvolvimento humano para Vygotsky então??
Para Vygotsky, o homem quando nasce é apenas um animal como outro qualquer. O que o diferencia dos animais irracionais é que o homem tem o potencial para virar humano, pois o homem possui um “algo a mais”: os processos biológicos superiores. Estes processos superiores são a vontade, o pensamento e a linguagem. Vygotsky acredita ainda que esses processos são adquiridos, internalizados por nós, ou seja, vem de fora para dentro. Esse processo de internalização ocorre a partir de nossas relações com o mundo. Então, a mente humana é socialmente construída. Tudo o que nós internalizamos, Vygotsky chama de cultura. Essa cultura é, então, responsável por fazer o animal virar homem ou a carne virar verbo.
A teoria Construtivista defende que o homem nasce com estruturas cognitivas inatas e que estas se maturam ao logo do crescimento da criança de acordo com a interação do sujeito com o meio. Vygotsky não acredita que o ser humano nasça com estruturas mentais inatas, pois o homem não é biologicamente programado, como os animais.
A teoria Behaviorista defende que o homem é moldado pelo meio em que vivo, ou seja, que o homem é um ser passivo. Vygotsky acredita, assim como Piaget, que o homem é um ser ativo.
Como ocorre o desenvolvimento humano para Vygotsky então??
Para Vygotsky, o homem quando nasce é apenas um animal como outro qualquer. O que o diferencia dos animais irracionais é que o homem tem o potencial para virar humano, pois o homem possui um “algo a mais”: os processos biológicos superiores. Estes processos superiores são a vontade, o pensamento e a linguagem. Vygotsky acredita ainda que esses processos são adquiridos, internalizados por nós, ou seja, vem de fora para dentro. Esse processo de internalização ocorre a partir de nossas relações com o mundo. Então, a mente humana é socialmente construída. Tudo o que nós internalizamos, Vygotsky chama de cultura. Essa cultura é, então, responsável por fazer o animal virar homem ou a carne virar verbo.
terça-feira, 31 de agosto de 2010
A Psicologia Analítica e o Construtivismo
Uma outra teoria psicodinâmica que explica o desenvolvimento humano é a Psicologia Analítica, de Carl Gustar Jung. A psicologia analítica é considerada teleológica, ou seja, acredita que o desenvolvimento da personalidade ocorre ao longo da vida, que esta não fica pronta logo na infância.
Jung classificou o inconsciente em Inconsciente Pessoal (ou Individual) e Inconsciente Coletivo. O Inconsciente Pessoal ou Individual é aquela camada mais superficial de conteúdos, cujo marco divisório com o consciente não é tão rígido. O inconsciente coletivo é aquela camada mais profunda da psique e constitui-se dos materiais que foram herdados da humanidade. É nesta camada que existem os traços funcionais como se fossem imagens virtuais, comuns a todos os seres humanas e prontas para serem concretizadas através das experiências reais. É nessa camada do inconsciente que todos os humanos são iguais. Jung chamou de arquétipos a estes traços funcionais do inconsciente coletivo, que são justamente os automatismos desenvolvidos pela psique.
Existem também as teorias psicogenéticas que explicam o desenvolvimento da mente humana. Ela se subdivide em duas vertentes: o Construtivismo e a Sócio-Construtivista. Veremos hoje a primeira vertente, o Construtivismo, de Jean Piaget. Piaget divide os períodos do desenvolvimento humano de acordo com aquilo que o ser humano desenvolve de melhor nessas faixas etárias. O início e o término de cada período dependem dos fatores biológicos, sociais e educacionais do indivíduo.
Período sensório-motor (0 a 2 anos): a criança desenvolve uma inteligência muscular. Quando a criança nasce, a única estrutura mental que a criança tem são os reflexos. No período sensório-motor o desenvolvimento intelectual da criança é enorme. A criança desenvolve uma inteligência motora a partir de seus reflexos, a fim de coordenar seu corpo.
Período pré-operatório ou primeira infância (2 a 7 anos): a criança desenvolve a linguagem e esta linguagem gera o pensamento, o que irá acarretar modificações em seus aspectos intelectual, afetivo e social. Nesse período, a criança vê o mundo do seu jeito e não o percebe como ele realmente é. Piaget chama essa fase de animismo, pois a criança tende a dar uma alma, uma intenção a objetos inanimados. O desenvolvimento neurofisiológico é completo, permitindo o desenvolvimento de novas habilidades, como a escrita.
Período operatório concreto ou segunda infância (7 a 12 anos): a criança desenvolve o pensamento lógico e reversível, mas não tem capacidade de abstração. No aspecto afetivo, ocorre o aparecimento da vontade como qualidade superior e que atua quando há um conflito.
Período operatório formal ou adolescência (12 anos em diante): o adolescente desenvolve o pensamento abstrato. A contestação é a marca desse período, em que o adolescente se coloca no centro de tudo (egocentrismo intelectual), pois tem a capacidade de argumentação e acredita que sabe mais do que os outros. No aspecto afetivo, o adolescente vive conflitos. Deseja libertar-se do adulto, mas ainda depende dele.
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
A descoberta da sexualidade infantil
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Psicologia do Desenvolvimento.
"O intelecto nunca descansa até conseguir audiência"
"A popularização leva à aceitação superficial sem estudo sério. As pessoas apenas repetem as frases que aprendem no teatro ou na imprensa. Pensam compreender algo da psicanálise porque brincam com seu jargão."
Sigmund Freud
"O professor não ensina, mas arranja modos de a própria criança descobrir. Cria situações-problemas"
"Quando olho uma criança ela me inspira dois sentimentos, ternura pelo que é, e respeito pelo que posso ser"
Jean Piaget
Esse blog tem o objetivo de desmistificar a Ciência do desenvolvimento humano.
Sejam bem-vindos.
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